sexta-feira, 15 de março de 2013

Ill Go Crazy




Capítulo 32 - Não fale nada.

Ficamos nos encarando e a porta do elevador ameaçou á fechar novamente, mas ele colocou a mão e entrou de cabeça baixa sem me olhar. As portas do elevador se fecharam não me dando tempo de fugir. Minha respiração se descompassou, parecia que as paredes do elevador estavam se comprimindo e me esmagando. De canto de olho o olhei, Harry estava tão pálido quanto uma folha de papel, parecia que á qualquer momento desmaiaria. Sua respiração estava tão descompassada quanto á minha, seu peito subia e descia rapidamente.

As luzes do elevador piscaram e aquela caixa de metal sacolejou, olhei para o alto assustada. O elevador parou abruptamente me fazendo soltar um pequeno grito. E as luzes piscaram novamente e apenas uma ficou acesa.

–Mas o que...? – resmunguei e comecei a apertar os botões desesperadamente. Nada fazia aquela coisa se mover. Eu não posso ficar aqui, eu não posso ficar aqui com ele.

–Maya...- Harry resmungou me fazendo olhá-lo. Ele estava encostado na parede e estava com a mão sobre o peito e estava tão pálido quanto antes, se isso era possível. Sua respiração estava descontrolada e ele estava prestes á desmaiar.

–Harry! – falei e apenas deu tempo de segurá-lo contra mim e a parede para ele não cair de cara no chão. – Garoto, o que você tem? – perguntei nervosa. Ele estava quase inconsciente.

–A-Anemia e...e claus-claustrofobia...- ele resmungou, estava todo molengo e sua respiração cada vez mais ficava pior, parecia que ele estava sufocando.

–Ai meu Deus! – resmunguei. – Harry presta atenção, você precisa me ajudar. Você é muito pesado, não vou conseguir te segurar por muito tempo, então me ajude a te sentar. – falei nervosa, mas tentando controlar a minha voz para não piorar a situação dele. Ele concordou balançando levemente a cabeça.

Fui o abaixando, o fazendo deslizar pela parede do elevador. E ele felizmente ajudou forçando seu corpo contra a parede para não cair por cima de mim. Me sentei ao seu lado e ele caiu em meu ombro, inconsciente.

–Harry, não! Droga, acorda! – me afastei dele o deitando no chão. Ele havia apagado completamente, e sua respiração estava mais sufocada do que antes. Passei minha mão em sua testa, ele suava frio e estava tremendo. – Harry acorda, você não pode desmaiar! Não pode me deixar! – choraminguei dando leves tapas em seu rosto. Ele não respondia. – Não me deixa aqui sozinha! – falei o puxando para meu colo, desesperada. –Harry! – eu disse com a voz embargada. Ele estava muito molengo e sua respiração estava me assustando, estava muito fraca e sufocada. – Calma Maya pensa...- falei á mim mesma. Peguei meu celular do bolso do moletom e disque o número da minha mãe. –Atende, atende mãe atende! – resmunguei enquanto o telefone só chamava.

–Alô? – minha mãe falou ao atender o celular.

–Mãe, o elevador parou e o Harry desmaiou, eu não sei o que fazer! – falei rapidamente, nervosa.

–O que Maya, a ligação está falahada...- ela falou alto.

–Mãããããeee o elevador parou, trancou sei lá e o Harry desmaiou! Eu não sei o que fazer, ele parece estar sufocando! – gritei desesperada olhando para ele que estava tão pálido em meu colo que sua boca mal aparecia.

– Vocês estão presos no elevador? Harry desmaiou? Meu Deus! – mamãe falou nervosa.

–O que eu faço? – perguntei chorando.

–Calma, meu amor, fica calma. A mãe vai ligar para o sindico e para o seu pai, para os bombeiros...Vou dar um jeito. Só fica calma e manha ele respirando, ok? Faça massagem no peito dele, e respire por ele se for necessário. Use as aulas de primeiros socorros da escola. – mamãe falou tentando me acalmar.

–Ok. – choraminguei soluçando.

–A mãe vai te ligar daqui a pouco, ta bom?! – minha mãe falou e encerrou a ligação.

Coloquei o celular no chão ao meu lado e encarei o cara que eu amo desmaiado em meu colo. Meu Deus, ele foi um grande filho da mãe comigo, mas apesar de tudo eu o amo, amo como nunca amei ninguém, por favor não o tire de mim, rezei ou implorei á Deus.

–Harry... – choraminguei o balançando em meu colo. Me dava agonia de vê-lo ali desmaiado e eu não posso fazer nada, sua respiração era tão horrível, que eu estava ficando com falta de ar de apenas vê-lo respirando com tanta dificuldade.

O tirei do meu colo, o deitando delicadamente no chão . Ele estava de casaco e isso dava a impressão de sufocá-lo mais, lentamente eu tirei seu casaco o dobrando e colocando debaixo da sua cabeça. Ele estava apenas de camiseta gola V branca e isso facilitou para eu fazer as massagens em seu peito.Peguei em seu pulso e contei sua pulsação, estava fraca e intercalada... Pelo menos as aulas de primeiros socorros da escola estão prestando para algo.

–Responde, respira melhor...- falei ainda massageando seu peito. Ele não respondia, não respirava melhor, não se mexia...Ele, ele estava tremendo, tremia fraquinho. –Harry, pelo amor de Deus, para com isso! – pedi desesperada.

Meu celular tocou me fazendo dar um pulo de susto, era minha mãe.

–Mãe, ele está tremendo! – atendi já dizendo.

–Calma minha filha, isso é um sintomas da claustrofobia, o emocional dele foi afetado. – mamãe me acalmou ou apenas tentou – Eu liguei para os bombeiros, para o seu pai...Estão todos tentando dar um jeito no elevador, ele emperrou em um andar, a porta ficou entre aberta...- a interrompi.

–Eles não podem demorar, a respiração dele está muito falhada e a pulsação está fraca...Ele precisa de um hospital! – eu disse nervosa e entre soluços.

–Maya se acalma, vai dar tudo certo, mantenha ele respirando e vamos tirá-los o mais rápido daí. – mamãe falou. – Filha vou desligar, vou tentar acalmar a Anne, vai dar tudo certo, vocês vão sair sã e salvos daí, ok, meu bebê?! – mãe falou carinhosa.

–Ok mãe. – falei e encerramos a ligação.

Larguei o celular e me sentei ao lado de Harry, pousando minha mão em seu peito e descansando minha cabeça na mesma. Fiquei ali apenas ouvindo a respiração falhada e forçada de Harry. Ele respirou fundo e seu peito trancou e eu o olhei assustada.

–May...- ele resmungou baixinho.

–Harry! – falei exasperada o puxando para meu colo. – Respira fundo, bem fundo! Fica acordado, por favor. – eu disse nervosa.

–Maya...eu...- ele tentava falar, mas sua respiração estava muito forçada.

–Harry para, apenas se concentre em respirar fundo, não fale nada. – eu disse jogando meus cabelos para trás que teimavam em cair no rosto dele.

–Eu preciso falar...eu...Me perdoa...eu-eu te amo! – ele teimou e falou. Meu coração disparou.

–Shhhi, fica quietinho! Depois nós conversamos. – falei acariciando seu rosto. Ele fechou os olhos, aproveitando minha carícia. – Harry, fica acordado! – eu disse exasperada.

–Eu ficar aqui com você...- ele falou sorrindo fraquinho. Eu o puxei para mais perto de mim e ele se aconchegou em meu colo. – Eu to com sono – ele falou baixinho.

–Não, não dorme. Chega de desmaiar. Luta contra o sono! – eu falei dando um leve tapinha em sua cara.

–Eu vou lutar por você. –ele falou e me encarou com seus enormes olhos verdes penetrantes.

–Ok, não importa, mas fica acordado! – eu disse rapidamente e ele concordou balançando a cabeça.

O elevador deu um solavanco e começou a descer normalmente. – Meu Deus! – resmunguei assustada.

A porta se abriu e meu pai me encarou. – Maya! – ele falou e entrou no elevador.

–Pai! – eu disse aliviada. Ele se ajoelhou ao meu lado me abraçando. –Pai, ele está com a pulsação fraca...- falei preocupada.

–Eu to bem e...- Harry falou, mas não conseguiu terminar, pois o ar falto.

–Harry, você não está nem conseguindo respirar. – meu pai falou preocupado.

–Eu falei, ele precisa de um hospital, eu não sei o que ele tem. – eu disse nervosa.

–Cadê os paramédicos? – meu pai falou para os bombeiros.

Os paramédicos entraram no elevador e mandaram eu e meu pai sair para eles tirarem Harry dali.

–May...Maya, fica comigo...Por favor...- Harry resmungou segurando minha mão forte, ele ainda estava fraco e muito pálido.

–Harry eu n...- o paramédico me interrompeu.

–Nós precisamos levá-lo para o hospital – ele falou e eu o olhei e logo meu olhar pairou em Harry de novo.

–Não posso, depois nos falamos. – eu disse e coloquei sua cabeça no chão novamente e meu pai me ajudou á levantar e nós saímos daquele bendito elevador.

–May...Por favor...- ele se agitou e os paramédicos o colocaram em uma cama. E depois eu não vi mais nada saí em direção as escadas e Louis voou no meu pescoço.

–MAYA! – ele gritou me abraçando.

–Eu pensei que você tinha morrido! – Niall gritou e empurrou Louis me abraçando.

–May, não nos assustei mais! – Liam falou empurrando Niall e me abraçando.

–Maya Cowell, você não vai mais andar de elevador! – Zayn falou empurrando Liam e se agarrando em mim.

–E o Harry? Cadê meu zuiudinho?- Lou falou desesperado.

–Vão levar ele para o hospital e... – Liam me interrompeu.

–Harry! – Liam gritou quando viu os paramédicos com Harry em uma maca e Anne estava ali com ele. Os meninos saíram correndo em direção á Harry, desesperados.

–Meu amor! – minha vó venho em minha direção e eu a abracei forte e chorei.

Chorei por tudo que passei, tudo que senti ao ver Harry passando mal daquele jeito, o que eu senti quando ele me disse aquelas coisas. Eu não sei o que pensar, o que dizer...Eu só quero ver ele bem, só isso. Não vou negar que eu o quero comigo...Eu o quero mais que tudo.
CONTINUA...
Por ~VickyDrew       /      http://animespirit.com.br/fanfics

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